Existe uma preocupação generalizada nas mães quando falamos em plantas medicinais para crianças , especialmente para bebês com idade inferior a 2 anos.
Esta preocupação é de facto legítima, porque em quase todos os terapêuticos existe um risco associado e as plantas medicinais não são exceção.
Neste artigo pretendo explorar um pouco a causa do botulismo , principalmente a alimentar que por vezes se encontra associada ao consumo da infusão de camomila e as soluções para a sua prevenção. O botulismo é uma doença neuroparalisante grave , embora pouco comum. Pode causar paralisia, causada pelo composto tóxico produzido pela bactéria Clostridium botulinum presente no solo, em alimentos mal conservados ou alimentos contaminados .
A toxina bloqueia a atividade da placa motora, o local onde o nervo encontra a fibra muscular onde é estimulada a contração para os diversos movimentos e funções da musculatura estriada e lisa.
Quando a toxina entra na circulação sanguínea, começa a afetar os nervos que paralisam gradualmente, podendo persistir durante semanas ou meses, dependendo da sua gravidade.
Curiosidade: Esta toxina é muito usada na estética para reduzir as rugas. Como consequência, a criança fica abatida, acompanhada, ansiosa e cada vez mais fraca, levando-a a se queixar de mudanças na visão , dificuldade em engolir ou falar devido às modificações musculares.
Também é frequente o envolvimento do sistema nervoso com tonturas, boca seca (xerostomia), prisão de ventre, prisão prisional, hipotensãotensão (baixa arterial) e diminuição da transpiração. O botulismo pode ser dividido em quatro tipos:
- botulismo do latente:
Ingestão de esporos que depois irão germinar no intestino onde causaram a toxina,
- botulismo alimentar ,
- botulismo das feridas:
Contaminação de uma ferida com os esporos do microorganismo e
- botulismo indeterminado:
Aquele que não se conhece a causa, mas que se manifesta de forma semelhante ao latente, mas não adulto. O botulismo alimentar ocorre após a ingestão de alimentos contaminados com a toxina neuroparalisante.
Entre os vários alimentos que podem estar contaminados com esta bactéria temos as carnes fumadas, os produtos enlatados, as plantas, as conservas e o mel, sendo que a maior fonte de contágio é através do consumo de algumas conservas contaminadas ( RagazaniI et al., 2008 ) .O mel é uma das conservas que mais se fala quando o tema é o botulismo. Se não for devidamente produzido com as condições adequadas de higiene no apiário, seja na produção, na coleta, no armazenamento ou na manipulação, pode ocorrer o risco de ficar contaminado.
Logo, a prática de colocar mel nas chupetas não é de todo recomendada , tanto por este motivo, como por outros que abordarei numa próxima oportunidade.
A recomendação para o consumo de mel em crianças deve ser exclusiva de uso terapêutico com origem garantida. Deve ser preferencialmente adquirido em locais de referência com o respectivo certificado de qualidade no rótulo . toxina e mata os esporos da clostridium . A infusão de camomila , que por vezes é recomendada para o alívio da dor de dentes das crianças e para as cólicas infantis, não deve ser dada a bebés e crianças.
Isto porque a água quente utilizada para preparar a infusão não deixa os esporos e pode ativar a sua germinação. Por isso recomenda-se outras plantas ou então outras formas de administração, como as tinturas . Isso é mais comum são coletas mais tradicionais e disponíveis em locais de venda que não estão sujeitos às regras europeias.
- A preparação de conservas feitas em casa deve ser rigorosa e com uma atenção elevada aos cuidados com a higiene para evitar a contaminação.
- Ferva os alimentos enlatados antes de os consumir , pois isso ajudará a eliminar as toxinas libertadas pela bactéria.
- Não consuma alimentos enlatados, em vidros ou embalados a embalagens (a bactéria tem predileção por ambientes sem oxigênio), observe qualquer irregularidade na embalagem , como ferrugem, embalagem inchada ou água turva dentro dos vidros;
- O mel pode ser um reservatório da bactéria do botulismo, como tal opte apenas por mel que se encontre devidamente certificado , sendo que este não é recomendado a crianças com menos de 12 meses e apenas para uso terapêutico em crianças entre os 12 e os 24 meses .
Qualquer dúvida que tenha, fale sempre primeiro com o profissional de saúde que acompanha o seu rebento.