5 formas de lidar com a culpa que (não) carrega

Queridas mães e mulheres, este texto foi escrito com uma intenção clara: que suaviza a culpa que carrega em ti .

Sabemos que a maioria das mães carrega uma culpa enorme, eu diria mesmo que grande parte de nós carrega muita culpa. É uma questão profundamente enraizada, pela cultura, religião e educação.Existem alguns mitos que te levam a sentir culpa. Por exemplo, quando achas que :O mito de que achas que deves ser perfeito para os teus filhos, para o teu companheiro e para todos. Assim que és mãe, és colocado numa competição em que só és considerada boa mãe se o teu filho for espetacular, ter uma saúde 10 estrelas, estar no quadro de honra, apenas bolinhas verdes no comportamento, for o mais popular, todos o elogiam. Não importa o quanto exaustas estás. Quando achas que deves ser uma fonte ininterrupta de alimento e de cuidado, quando achas quesó tu podes dar aquilo que os teus filhos precisam .

É muito normal, nos primeiros anos que estás amamentando, veres a tua vida centrada num bebê . Só que esta dependência acaba por se prolongar ao longo dos anos e abraçar todas as tarefas que existem. Quando achas que desvias sabe tudo, mas mesmo tudo sobre gravidez, maternidade e parentalidade. Devias nascer com o grau máximo após doctoramento sobre como educar uma criança , assim ela nunca iria sofrer, nunca seria diagnosticada com uma doença, nunca teria que passar por bullying.Posso-te dizer que a culpa atravessa gerações e gerações. E é muito fácil fazer as crianças sentirem-se culpadas, basta apontar para aquilo que achamos que é “mau comportamento”.

Será que é daí que vem o nosso sentimento de culpa?
De quando éramos pequeninas e fizemos-nos sentir tão mal, mas tão mal, que até doía?

Infelizmente, a culpa não anda sozinha . Ela carrega outros sentimentos de tristeza, raiva, confissão e anda de mãos dadas com a vergonha. Quem nunca sentiu culpa e vergonha em simultâneo?

  • Diminuíres o julgamento que existe entre o que está acontecendo e que gostarias que acontecesse, pois isso gera estresse, que leva a ansiedade e coloca a culpa no topo
  • Identificares que acreditas tens sobre o teu papel de mãe, de mulher e respeita os teus limites, ajusta-te. As expectativas e as comparações só te servem para sentires culpada;
  • Pedires ajuda . Reconheceres-te como a mãe im (perfeita), a mãe que cuida qb , a mãe que está 90% presente, a mãe que precisa de ajuda para educar e para ter tempo para si;
  • Reconhecer as tuas necessidades como mulher e encontrar formas de lhes ousar responder. Só consegue estar mais presente para os teus filhos e para o teu companheiro;
  • Aceita-te tal como és . Aceita que não tens todo o conhecimento, que estás aprender, que tens muita curiosidade sobre a vida.
    Mesmo quando alguém te dá uma opinião sobre a forma como educa, ela só tem como referência a sua experiência, que pode não ser aplicada a tua situação.
    Uma opinião é apenas uma opinião que tem o poder que lhe atribuiremos;
  • Recebe a culpa quando ela te visita , quando mais resiste à culpa, quando mais tenta livrar-te dela, mais ela fica contigo.

E muito importante, consegues tolerar-te ?

Consegues tolerar-te quando não estás presente?
Consegues tolerar-te quando deixas o teu filho na creche ou em casa com a ama a chorar?
Consegues tolerar-te quando não estás a dar a resposta que os teus filhos querem?
Consegues tolerar-te porque estás tão cansado, tão exausta, que só te apetece estar no sofá?
Consegues tolerar-te por teres pensamentos de que não queres estar com os teus filhos?

Espero que sim!

Não existem receitas e varinhas mágicas que nos libertem da culpa. Há sim o lidar com a culpa quando ela aparece, olhar para ela com muita curiosidade e dizer “ OK, ainda bem que estás aí para me lembrares que sou tão humana ”! Pelo menos é isto que digo a mim próprio. Há dias que ajuda muito.

Um abraço!

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